Siluro

Características

Distingue-se de todos os outros peixes de água doce por ter dois barbilhos na cabeça. É uma espécie de grande dimensão que, até há bem pouco tempo (2014), não existia em Portugal, foi introduzida no Tejo por pescadores alemães que a pretendiam pescar no Tejo. Pode dizimar por completo outras espécies locais. Em 2017, investigadores do MARE(Centro de Ciência do Mar e Ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) capturaram doze siluros na região de Abrantes, Vila Franca de Xira e no Tejo internacional, o maior, com mais de trinta quilos e 1.7m. Esta espécie pode atingir mais de 300Kgs de peso e 5 metros de comprimento. Os machos criam e defendem pequenos territórios protegidos por matéria vegetal na altura da desova. Cavam pequenos buracos(tocas) superficiais junto das raízes de algumas árvores.

O maior exemplar capturado em Portugal, segundo o jornal O MIRANTE, tinha mais de 50Kgs e mais de 190Cm. Foi pescado na aldeia das Caneiras em Março de 2017 por Manuel J. Pelarigo que vive da pesca há muitos anos. Em 2016, foi capturado um espécimen com 33Kg e 1,55m em Azeitada, Almeirim. Praticamente na margem oposta ao local onde foi pescado o de maior dimensão. No troço do rio junto à aldeia de Caneiras foram apanhados outros exemplares de grande dimensão. Em 2018, junto à ponte D. Amélia, Porto de Muge, foram capturados exemplares com mais de 30Kg.

Origem

Europa Central.

Distribuição Geográfica

Europa e Ásia. Bacias do Norte, Báltico, Negro, Mar Cáspio e Mar de Aral, até ao sul da Suécia e a Finlândia; Em Portugal, têm sido capturados exemplares de grande dimensão no rio Tejo entre Alpiarça e Salvaterra de Magos.

Habitat

Habita rios de planície de grande e médio porte, remansos e lagos/barragens com vegetação. Ocorre principalmente em grandes lagos e rios, embora ocasionalmente entre em água salobra nos mares Báltico e Negro. Prefere as águas profundas em barragens ou lagos de grande dimensão.

Reprodução

A reprodução ocorre durante a Primavera e início do Verão. Desovam em águas rasas isoladas com fundos lamacentos ou de areia sobre troncos ou vegetação.

Alimentação

É um predador noturno, alimentando-se perto do fundo e na coluna de água. Larvas e juvenis são bentónicos, alimentando-se de uma ampla variedade de invertebrados e peixes. Praticamente come tudo o que mexe, alimentando de espécies autóctones como a enguia, sável ou lampreia. Também os exemplares mortos no fundo ou pequenos animais nas margens(aves) fazem parte da dieta alimentar deste predador.

Captura

Pela sua dimensão, para o pescador recreativo ou desportivo é um troféu de pesca excecional. Não é particularmente apreciado por portugueses e espanhóis. É muito sensível ao som do ambiente envolvente.

Período de pesca

Todo o ano.

Tamanho mínimo de captura: 0Cm
Os exemplares capturados não devem ser devolvidos à água, seja qual for a sua dimensão.

Vídeo Siluro

Confeção

Não sendo uma espécie comum nas águas portugueses, existem dúvidas se pode ou não ser ingerida. Sim é comestível. Tem como principal característica uma carne muito mole. Nos países da Europa Central longe do mar, é muito frequente o seu consumo. Foi, durante muitos séculos, uma espécie importante na dieta humana na Europa. Uma das receitas usadas no Norte Itália.

• 6 colheres de sopa com azeite extra-virgem;
• 4 filetes de siluro(ou peixe gato).
• 2 cebolas fatiadas.
• 2 dentes de alho.
• 2 colheres de chá com açúcar.
• Sal.
• 250ml de vinho branco.
• 100ml de vinagre.

Aqueça 2 colheres de sopa com óleo numa frigideira grande em fogo médio. Adicione o peixe, descasque e frite até ficar cozinhado por 6 a 8 minutos. Drenar o peixe em toalhas de papel. Deixe a frigideira arrefecer por alguns minutos e, em seguida, limpe-a com uma toalha de papel. Junte a cebola e cozinhe, mexendo durante durante 6 a 8 minutos até que amoleça. Adicione o alho, o açúcar e 2 colheres de chá com açúcar, um pouco de sal, mexa bem e junte o vinho e vinagre. Reduza o lume e tape por 20 minutos.
É uma receita típica Italiana com origem, supõe-se, no Séc. XII.